Já presenciei muitas pessoas travando diante do momento de decidir pela compra de um imóvel. Vi amigos e clientes adiarem, esperando a “hora certa”. E, sinceramente, preciso contar: na maioria das vezes, esperar custou caro – literalmente. Quero compartilhar minha experiência para mostrar por que a procrastinação na compra do imóvel pode, sim, abalar seu orçamento e limitar suas opções. E não falo só por ouvir dizer, mas por acompanhar diariamente essas transformações no mercado de Porto Alegre, onde atuo como corretora de imóveis.
Por que a procrastinação pode custar caro
A primeira coisa que sempre ouço é: “Vou esperar os juros caírem”, ou então, “Talvez os preços baixem”. Mas, na prática, essa espera quase nunca funciona a favor do comprador. O que costumo ver é:
- O imóvel desejado fica mais caro com o tempo.
- As opções disponíveis mudam – e não raramente diminuem.
- O poder de compra do interessado diminui enquanto ele espera.
O mercado imobiliário funciona como um relógio que não para. Enquanto você espera, o tempo joga contra: preços sobem ano a ano, pressionados pela inflação, custos de construção e pela própria dinâmica de oferta e demanda no mercado imobiliário. E mesmo que haja um período de estabilidade, ele raramente dura o bastante para quem está esperando uma grande queda.
O imóvel dos seus sonhos pode virar o imóvel dos sonhos de outra pessoa se você demorar demais.
Como a valorização dos imóveis impacta seu bolso
Vou ilustrar com uma situação real: certa vez, acompanhei um cliente que, em 2022, queria comprar um apartamento de dois dormitórios avaliado em R$ 500 mil. Ele decidiu esperar um pouco, apostando que poderia comprar quando a taxa Selic caísse. Dois anos depois, o mesmo imóvel estava em torno de R$ 570 mil. Ele perdeu R$ 70 mil só no valor anunciado – isso sem contar outros custos, como condomínio e transferência, que também sobem.
Isso acontece por três motivos principais:
- A inflação aumenta os custos dos materiais e da mão de obra.
- A valorização natural do imóvel na região.
- O cenário econômico tende a pressionar para cima os preços, especialmente em áreas com procura alta (como Porto Alegre).
Não é diferente para quem pensa em investir em imóveis. Quem deixa para depois, quase sempre acaba comprando menos com o mesmo orçamento. Aliás, isso foi tema de um texto que publiquei sobre motivos para investir em imóveis em Porto Alegre. Ali tem números e argumentos que recomendo conferir depois de terminar este artigo.
Taxas de juros: quando esperar não vale a pena
Entendo o medo diante das taxas de juros mais altas. Mas, na minha trajetória, muitos clientes se surpreendem ao saber que previsões sobre quedas na Selic podem demorar mais do que imaginam. E mesmo se a taxa cair, os preços dos imóveis normalmente já subiram até lá. Costumo dizer:
Quando os bancos baixam as taxas, o mercado reage aumentando os preços.
A lógica: a busca por imóveis aumenta rápido quando o crédito fica mais barato, e isso pressiona para cima o preço das unidades disponíveis. Resultado? O que você economizaria no financiamento pode acabar sendo engolido pelo aumento do imóvel.
Dá para ilustrar assim:
- Hoje, parcela de financiamento de 30 anos a 10% ao ano – você simula, aprova, sabe o valor exato.
- Daqui um ano, selic cai, juros do financiamento caem 1%. Mas o imóvel subiu 12%. No fim, a parcela fica igual (ou maior), mas o valor total a ser pago aumentou.
É curioso: quem aguarda por uma queda expressiva nos juros pode perceber, ao final, que “pagou mais caro” esperando.
Vantagens de comprar imóvel agora
Ao longo desses anos atuando, observei repetidas vezes as vantagens de agir sem protelar demais:
- Você garante o preço atual do imóvel.
- Consegue negociar detalhes específicos com construtoras ou proprietários, inclusive descontos e condições.
- Já começa a construir seu patrimônio e, se for o caso, também a receber aluguel ou usufruir do imóvel.
Mesmo que as condições de financiamento não estejam maravilhosas, há alternativas.
Renegociação e portabilidade: opções futuras
Essas duas palavras se tornaram parte do vocabulário de quem não quer perder oportunidades:
- Renegociação: Quando as taxas caírem, é possível negociar novos termos com o banco.
- Portabilidade: Você pode transferir o saldo devedor para outra instituição que ofereça condições melhores, reduzindo o custo total.
Ou seja, quem compra agora pode aproveitar vantagens futuras, ajustando o financiamento sem abrir mão das melhores oportunidades de compra.
Exemplo prático: o tempo e o tamanho do imóvel
Já notou como, de um ano para o outro, o imóvel que você conseguia comprar ficou menor? Muitas vezes é assim: você começa com a ideia de um apartamento de três quartos, espera demais, quando decide, só consegue dois – pelo mesmo valor. A matemática é simples: esperar reduz seu poder de compra.
- Em 2022, com R$ 600 mil você financiava um apartamento novo amplo.
- Em 2024, com a mesma quantia, só entra em opções menores ou mais antigas.
Tem um estudo interessante na página sobre vantagens de comprar imóvel no final do ano que mostra justamente esse efeito. Vale a leitura, caso queira se aprofundar.
Comprar imóvel não é só sobre preço
Outro aspecto pouco comentado: o imóvel também traz benefícios imateriais. Quem adia a compra perde tempo de moradia estável e de acúmulo patrimonial. E, para quem investe, ainda deixa de ganhar com aluguel ou valorização, como explico em como calcular a rentabilidade dos imóveis ao investir.
Aliás, investir em um imóvel vai além de adquirir um espaço – é pensar no futuro, estabilidade, segurança e até na possibilidade de renda passiva. Navegar por temas assim é rotina no Imóveis by Camila Pinheiro, por isso acredito tanto no benefício de agir rápido quando encontra um imóvel adequado ao seu perfil.
Para quem está pensando em investir
Se o seu interesse é investimento, procrastinar também traz riscos. Entrar cedo é conquistar melhores pontos, ativos mais valorizados e, muitas vezes, aluguéis mais altos. Recomendo a leitura dos tópicos em investimentos em imóveis para entender como o tempo pode ser seu maior aliado – ou inimigo, se hesitar.
Conclusão: seu futuro começa agora
Decidir não é simples, mas escolher esperar quase sempre traz consequências financeiras que só aparecem com o tempo. No Imóveis by Camila Pinheiro, vejo diariamente como quem compra com informação, coragem e suporte personalizado consegue realizar sonhos e investir melhor – até porque quando deixamos para amanhã, muitas vezes, abrimos mão do imóvel ideal de hoje.
Seu patrimônio começa a crescer a partir do sim que você dá agora.
Por isso, se está considerando a compra de um imóvel em Porto Alegre, não espere mais. Conheça as opções disponíveis, peça orientação de quem entende e permita-se agir. O melhor momento para fazer sua escolha pode ser hoje. Estou à disposição para ajudar nessa jornada. Venha conversar e descubra como posso simplificar esse passo para você.
Perguntas frequentes
Por que adiar a compra do imóvel prejudica?
Quanto mais você espera para comprar, maior tende a ser o preço do imóvel desejado. A valorização natural, a inflação e a movimentação do mercado fazem com que o imóvel que hoje cabe no seu orçamento fique fora de alcance com o tempo.
Qual o melhor momento para comprar imóvel?
O melhor momento normalmente é quando você encontra algo que se encaixa em seu perfil, orçamento e necessidade. Aguardar condições "perfeitas" pode fazê-lo perder boas oportunidades e pagar mais caro depois.
O que influencia o preço do imóvel?
O preço é influenciado pela localização, oferta e demanda, inflação, custos de construção e pelas condições econômicas do país. Além disso, melhorias urbanas e infraestrutura na região também impactam.
Vale a pena esperar para comprar imóvel?
Esperar raramente compensa. Normalmente o preço do imóvel sobe mais rápido do que eventuais reduções nas taxas de juros, e o poder de compra diminui. Condições de financiamento podem ser revisadas depois, mas o valor do imóvel só tende a subir.
Como a inflação afeta o valor do imóvel?
A inflação aumenta os custos de mão de obra, materiais e serviços, o que reflete diretamente no preço dos imóveis. Por isso, mesmo em períodos de estabilidade de preços, a tendência de alta se mantém no médio e longo prazo.